IGP-DI, aceleração moderada nos preços internos (08/11/2023)
O Índice IGP-DI, calculado pela Fundação Getúlio Vargas apontou aceleração no aumento de preços no mês de outubro. O Índice IGP-DI, que é dividido em três índices agregados (IPA, IPC e INCC), apresentou aceleração relativa em todas as suas medições.
O IGP-DI acelerou 0,51% no mês de outubro, ante a deflação vista em setembro (-0,45%), mostrando uma aceleração da demanda agregada, que pode ser evidenciada por outro indicador, o de Vendas no Varejo, pontando uma aceleração de 0,6%, um paradigma natural para o final do ano, uma vez que os feriados e, principalmente, as bonificações trabalhistas de fim de ano costumam acelerar o setor varejista. No ano, o IGP-DI acumula uma deflação de 4,4%, resultado da política monetária, que se manteve contracionista para combater a inflação, demanda global fraca (oferta interna aumenta pela queda de exportações) e arrefecimento do preço do barril de petróleo.
O IPA (Índice de Preços ao Produtor Amplo) acelerou 0,57% em outubro, após um aumento de 0,51% em setembro. Os alimentos in natura, que estavam causando uma deflação na subcategoria dos Bens Finais, acelerou esse mês e estabeleceu uma mudança de tendência, crescendo 0,07% em outubro após cair 5,88% em setembro. Portanto, o Núcleo dos Bens Finais mostrou uma aceleração maior do que os Bens Finais na leitura desse mês, mostrando que a distorção nos preços de itens voláteis não afetaram o aumento dos Bens Finais por si, mas o aumento foi causado por uma distorção própria da categoria. Os Bens Intermediários cresceram 0,58. Já a categoria das Matérias-Primas Brutas mostrou uma aceleração de 0,85% em outubro, superando o crescimento em setembro. Os destaques dessa categoria ficaram com o aumento dos bovinos (-6,22% em setembro e 8,33% em outubro), cana-de-açúcar (-0,14% em setembro e 2,3% em outubro) e minério de ferro (7,72% em setembro e 2,81% em outubro). Já a soja e o arroz apresentaram recuos no crescimento dos preços.
O IPC (Índices de Preços ao Consumidor Amplo) apresentou uma aceleração de 0,45% em outubro ante outra aceleração de 0,27% em setembro. A categoria que engloba Educação, Leitura e Educação cresceu 4,07% em outubro, após um outro crescimento de 1,34% em setembro. Houveram aumentos marginais sem muito peso nas categorias de Alimentação, Saúde e Vestuário. Em contrapartida, os grupos Transportes (1,06% para -0,03%), Habitação (0,39% para 0,00%) e Comunicação (0,15% para -0,03%) apresentaram decréscimo em suas taxas de variação. Apesar da desaceleração, a subcategoria das passagens aéreas continua a tendência de alta acentuada (8,46% para 24,87%).
O INCC (Índice Nacional de Construção) variou 0,20% em outubro, ante 0,34% no mês anterior. Os três grupos componentes do INCC registraram as seguintes variações na passagem de setembro para outubro: Materiais e Equipamentos (0,18% para 0,03%), Serviços (0,52% para 0,61%) e Mão de Obra (0,53% para 0,36%).
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